Csokonai Vitéz Mihály: A reményhez
A reményhez (Magyar)Földiekkel játszó Kertem nárciszokkal Jaj, de friss rózsáim Hagyj el, óh Reménység! 1803
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À esperança (Portugál)Meteoro com terrestres que lança, tem de Deus o tom falsa cega Esperança! Criou-se pra ela homem infeliz, e, anjo que vela, saúda sem vis. – Espelhas, boca lisa, o quê? ris, porquê? Porque se tamisa duvidoso qu'rer? Sê sozinha aí! Fui encorajado; vozes lindas cri: inda enganado. Plantaste narcisos plo meu jardim fora; regato de guizos regou minha flora; mil flores verteste em mim - Primavera -, e sorte celeste seu perfume era. Cedo, pensamentos iam, laboriosas abelhas, no quente, para as frescas rosas. Na minha alegria, algo me faltava: de Lilla pedia coração; céu dava. Ai, perderam sede rosas frescas; minhas fontes, troncos verdes, secaram, asinha; Primavera cor, triste Inverno cedo; bom mundo anterior fez-se arremedo. Oh! deixasses só Lilla, só aqui: meu canto de dó não se queixaria. Em seus braços bem esquecia tristeza, sem invejar quem se fez realeza. Deixa-me, Esperança! Oh, entregue a mim; que dura avança minha morte assim. Sinto dividida força que em mim era – quer alma sem vida céu; meu corpo, terra. O prado, vazio, os campos, queimados, o parque sem pio, noite nos dois lados. – Gentis doces trilos! Quadros de mil têmperas! Qu'rer! Esperança! Lillas! – Adeus, para sempre!
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